Porque deve reorientar a sua infraestrutura local atual?

16 de junho de 2022

Yazan Al-Bakheit

Yazan Al-Bakheit

Porque deve reorientar a sua infraestrutura local atual?

A transformação digital veio, sem dúvida, mudar o futuro dos negócios. No domínio das Tecnologias da Informação (TI), está a criar uma base para ambientes nativos da nuvem eficientes e rentáveis urilizando as infraestruturas, tecnologia e serviços de gestão existentes.

Comecemos por definir a infraestrutura de TI como os componentes necessários para operar e gerir ambientes empresariais de TI. Estes componentes incluem o hardware, o software, os dispositivos de rede e o armazenamento de dados; todos estes são utilizados para fornecer serviços e soluções de TI.

Neste artigo, vamos analisar a forma como a infraestrutura tradicional de TI implementada no centro de dados de uma organização pode ser reorientada para criar um centro de dados modernizado que possa mais tarde ser utilizado numa configuração de nuvem híbrida.

Adotação de uma plataforma nativa da nuvem

Os servidores, o armazenamento, as redes, os sistemas operativos e as tecnologias de virtualização podem ser utilizados em conjunto para criar uma plataforma nativa da nuvem, através de um dos sistemas populares de orquestração que gerem aplicações legadas ou contentorizadas.

As tecnologias HashiCorp Nomad e Kubernetes são algumas das melhores tecnologias nativas da nuvem que atingiram taxas de adoção inéditas graças à sua capacidade de simplificar substancialmente a implementação e a gestão de aplicações. Permitem que os utilizadores que não conseguem utilizar a nuvem pública operem num ambiente "baseado na nuvem". Isto é conseguido ao dissociar as dependências e ao separar a infraestrutura do conjunto de aplicações, oferecendo a portabilidade e a escalabilidade associadas a aplicações nativas da nuvem.

A adoção de uma plataforma nativa da nuvem implica várias características comuns, incluindo:

  1. Programação automatizada: ao potencializar um sistema de classificação baseado na função atual e ao procurar automaticamente anfitriões adequados para executar uma aplicação.
  2. Escalabilidade: ao permitir o aumento ou a redução dos recursos de TI conforme necessário para satisfazer as novas exigências.
  3. Recuperação automática e implementações de autorrecuperação: ao fornecer vários mecanismos e ferramentas para reiniciar as aplicações e recuperar os dados no caso de uma falha.
  4. Estratégias de implementação e reversão: as atualizações a implementar são funcionalidades out-of-the-box suportadas quando grandes implementações de cluster são geridas em plataformas nativas da nuvem. ReplicaSets e Rolling Updates são exemplos de estratégias deste tipo.
  5. Orquestração de armazenamento: a compatibilidade com vários plug-ins de terceiros permite uma orquestração eficiente de armazenamento para manter cargas de trabalho com monitorização de estado.

Como podemos reorientar a infraestrutura local existente?

Utilizar a infraestrutura local existente para uma plataforma nativa da nuvem ajuda na migração das aplicações atuais e dos dados associados para um ambiente baseado na nuvem e alojado localmente, com alterações mínimas ou nulas.

Isto é conseguido através da estratégia de migração “Lift and Shift” nos centros de dados da organização. As aplicações seriam efetivamente «retiradas» dos ambientes existentes e «movidas» para um novo ambiente baseado na nuvem. Isto irá minimizar quaisquer desafios futuros que possam surgir ao considerar a migração para ambientes externos públicos/privados na nuvem.

As funções da infraestrutura local existente na nuvem híbrida

Neste momento, a nuvem híbrida evoluiu para se tornar num importante diferenciador no contexto tecnológico. Quando é considerada para alojar informação de trabalho, a infraestrutura tradicional de TI desempenha funções importantes. Uma destas funções é a recuperação após desastre, situação em que funciona como cópia de segurança local que mantém a informação trabalho principal a funcionar na nuvem.

Uma outra função está relacionada com os custos e com a possibilidade de uma parte da configuração ser movida para ser alojada no centro de dados local existente (a parte mais cara) porque, por vezes, existe um serviço específico que produz muito tráfego de saída, que é relativamente caro na nuvem, mas nulo numa infraestrutura alojada localmente.

Os benefícios da reorientação da infraestrutura local existente

A migração de uma infraestrutura local existente para um ambiente baseado na nuvem requer que a equipa de operações da organização adquira novos conhecimentos. Quando a infraestrutura tradicional existente é reorientada para um ambiente baseado na nuvem e alojada localmente, isso ajuda muito a aquisição de novos conhecimentos e melhora a curva de aprendizagem.

Além disso, com a reorientação da infraestrutura, a criação de plataformas secundárias e temporárias, tais como locais de teste, ambientes de desenvolvimento, plataformas de inclusão e de teste (sandboxes), pode ser facilmente automatizada com a nova infraestrutura baseada na nuvem. Isto facilita o trabalho da equipa de operações, fornecendo mecanismos totalmente automatizados para a criação e a conclusão de plataformas e ambientes temporários.

Além disso, a migração gradual dos sistemas existentes permite à organização uma estimativa dos custos reais esperados com a adoção e criação de uma infraestrutura na nuvem bem como dos custos envolvidos na formação das equipas de operações.

Conclusão

A pandemia global transformou completamente a gestão das infraestruturas de TI nos últimos dois anos e veio mudar a perceção das chefias e dos responsáveis de TI sobre a resiliência, a segurança e a adaptabilidade para enfrentar novos desafios.

Ao avaliar e adotar tecnologias modernas para gerir as suas infraestruturas, as empresas serão capazes de responder de forma simples e eficiente ao contexto em mudança e às suas exigências.

Acredito que a reorientação das infraestruturas existentes pode ser a decisão executiva mais sensata que qualquer empresa pode tomar neste momento.

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